Museu da Química preserva história científica e metrológica do Instituto Tecnológico

Dezoito de maio é comemorado o Dia Internacional dos Museus, e em Sergipe o Museu da Química se destaca por sua trajetória

 

Preservar a memória, promover ações educativas e culturais e fomentar reflexões acerca do nosso tempo, para construção do futuro são algumas das funções dos museus. Entre os mais de 3.700 museus espalhados pelo país, um deles conta a história da ciência e tecnologia em Sergipe, com foco no surgimento da química e metrologia no estado. É o Museu da Química ou Centro de Memória da Ciência e da Tecnologia em Sergipe (CMCTS), único na região que se dedica à temática.

O Museu da Química está instalado na sede do Instituto Tecnológico e de Pesquisas do Estado de Sergipe (ITPS), autarquia vinculada à Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico e da Ciência e Tecnologia em Sergipe (Sedetec) e órgão delegado do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro). Criado em 2006, seu principal objetivo é preservar a trajetória do ITPS – que está intimamente ligada ao ensino/prática de química e à execução do controle metrológico no estado. O ITPS é a terceira instituição mais antiga do país na área de pesquisa, abrigou a primeira escola de química e o primeiro curso superior de química em Sergipe, e foi pioneira na execução das atividades do Instituto Nacional de Pesos e Medidas (INPM) – atual Inmetro – fora da sede, que era o Rio de Janeiro.

De acordo com a curadora Rosemary Menezes, o Museu da Química costuma receber grupos com alunos de escolas e instituições de ensino superior em busca de conhecimento sobre a história da ciência, especialmente da química em nosso estado. “Nessas visitas e também em nossas participações em eventos nacionais, como a Semana Nacional de Museus, a Primavera dos Museus, e a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, são expostos diversos detalhes de como a ciência, a pesquisa, a química e a metrologia estão presentes em nosso cotidiano e de como contribuíram e continuam contribuindo para o desenvolvimento social e econômico do nosso estado”, detalha.

Rosemary Menezes explica que o acervo do Museu da Química inclui diversos equipamentos, utensílios, porcelanas, vidrarias, documentos, livros e fotografias, que narram a evolução da química e da metrologia em Sergipe. “Aqui temos um cromatógrafo que já foi usado pelo ITPS para análise de gás natural e de gases em transformadores de energia, um espectrofotômetro de Absorção Atômica, de origem americana, que na época da compra, era o primeiro do Nordeste, e diversas balanças de precisão. Graças a esses e outros diversos objetos, que eram de última geração, nossos técnicos e pesquisadores alçaram o ITPS para o mesmo patamar que grandes instituições espalhadas pelo país”, detalha.

Para o diretor-presidente do órgão, Kaká Andrade, o Museu da Química é fonte de geração de conhecimento para as atuais e futuras gerações. “A missão do Museu da Química transcendeu a salvaguarda de um acervo. Na medida em que abriu as suas portas e facilitou o acesso do público, o museu tornou-se fonte de pesquisa para diversos estudantes e especialistas, que produziram artigos e trabalhos, além de um trabalho de conclusão de curso e uma tese de mestrado, que se transformaram em um livro sobre o surgimento da química em Sergipe e o processo de fundação do Instituto de Química Industrial, que atualmente é o nosso ITPS”, conta.

Visite o Museu da Química

O Museu da Química fica na sede do ITPS, que está localizada na rua Campo do Brito, nº  371, bairro 13 de Julho, em Aracaju. A visitação é gratuita e pode ser realizada de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 12h30. Grupos com mais de 10 pessoas ou escolas e instituições de ensino superior devem agendar a visita por meio do telefone (79) 3179 8073.

por Verlane Estácio/Ascom ITPS

Fotos: Arthuro Paganini

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Última atualização: 17 de maio de 2019 20:19.